sábado, 30 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Arquivo cinematográfico

Algoso, aldeia de História e tradições.





Programa POVO QUE CANTA, RTP.
Autor Michel Giacometti.








Anamnesis 2008 b-fachada ao vivo no Castelo de Algoso

domingo, 17 de outubro de 2010

Ministério consegue mais verbas

Cortar no papel (substituído por suporte digital), reduzir o consumo de energia em dez por cento e passar a fazer chamadas através da internet. Eis algumas das formas sugeridas na proposta de Orçamento do Estado para 2011 para diminuir despesas no Ministério da Cultura (MC), cujos organismos deverão ainda obter verbas rentabilizando espaços e prestando serviços a empresas e cidadãos.

Uma das surpresas do Orçamento é a extinção da Direcção--Geral do Livro e das Bibliotecas (integrada na Biblioteca Nacional), enquanto os teatros nacionais D. Maria II (Lisboa) e São João (Porto) serão integrados na OPART, organização de produção artística que já geria a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro de São Carlos.
Apesar das restrições anunciadas, o orçamento do MC regista uma subida de 2,9 por cento (5,6 milhões), totalizando 201,3 milhões de euros, e alguns dos seus organismos serão mesmo contemplados com aumento de verba. Casos da Cinemateca (que sobe 48 por cento, de 3,7 para 5,5 milhões de euros), do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (de 16,1 para 20,9 milhões de euros) e do Instituto do Cinema e do Audiovisual (de 12,8 para 15,6 milhões). Sobe ainda o Fundo de Fomento Cultural (para 24,8 milhões). O MC anunciou que não gastou o dinheiro de que dispunha para 2010: nos cofres ficaram 40,6 milhões de euros. 

Fonte: Correio da Manhã
Por:Ana Maria Ribeiro com Lusa

sábado, 16 de outubro de 2010

Castelo de Algoso mais atractivo

Até 2004, o castelo de Algoso, no concelho de Vimioso, vai ser transformado num museu vivo sobre a história da nacionalidade.

Fruto de um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Vimioso e o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) serão investidos cerca de 90 mil contos na cobertura e iluminação interior da torre de menagem, musealização de algumas áreas da fortificação e na criação de um centro de interpretação. Este equipamento ficará situado junto ao pelourinho da freguesia, num imóvel que o IPPAR vai adquirir “para restaurar de forma exemplar”, revelou Paulo Amaral, arqueólogo daquele Instituto. Para além de dados históricos, o centro vai disponibilizar os resultados das escavações que têm vindo a ser efectuadas desde o ano passado.
As intervenções correspondem à segunda fase da reabilitação do castelo, onde já foram investidos 25 mil contos na melhoria dos acessos, na criação de um parque de estacionamento, iluminação exterior e colocação de vedações e escadarias.
Esta fase compreende, também, a edição de desdobráveis alusivos à fortificação e de um videograma sobre a Comenda de Algoso, que na Idade Média tomou conta do castelo.
Por outro lado, está prevista a construção duma escadaria de acesso ao topo da torre de menagem, “o que permitirá tirar máximo partido da paisagem”, acrescentou Paulo Amaral.
Tendo em conta que o local tem sido alvo de alguns actos de vandalismo, a edilidade e o IPPAR vão contratar uma guarda que, para além da tarefa de vigilância, vai assegurar a distribuição dos desdobráveis que serão editados.
As obras previstas na segunda fase, aliadas à criação do Centro de Interpretação, serão, segundo o IPPAR, “um factor de animação para a aldeia”.
Assim o espera o presidente da Junta de Freguesia de Algoso, Isaías Gouveia. “Este investimento representa muito para nós, porque somos uma aldeia histórica e vamos ter mais condições para as pessoas que nos vêm visitar”, defende o autarca.
O presidente da Junta assegura que a freguesia é visitada com frequência por pessoas de todo o país e de Espanha, principalmente durante o fim-de-semana. A criação da vedação no castelo contribuiu para aumentar o número de visitas, dado que o castelo situa-se a 500 metros de altitude e tem uma vista vertiginosa para o vale do rio Angueira e Planalto Mirandês.
Construído no século XII a Maio do caminho entre Mogadouro e Vimioso, defendia uma importante posição estratégica, dado que era um ponto de observação privilegiado.

JC - Jornal Nordeste

Algoso ganha Museu


Castelo de AlgosoCastelo vai contar com centro de acolhimento e núcleo interpretativo e museológico.
O castelo de Algoso, no concelho de Vimioso, vai passar a dispor de um centro de acolhimento a visitantes e de um núcleo interpretativo e museológico, que ficará instalado num imóvel a recuperar, situado no largo do Pelourinho da aldeia.
Trata-se de um local de passagem obrigatória para quem se dirige à antiga fortaleza e onde se encontram outros monumentos já recuperados, nomeadamente o Pelourinho.
A intervenção prevista ronda os 150 mil euros, sendo o projecto, a recuperação e a adaptação do edifício da responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).
Aldeia que já foi vila.
Largo do PelourinhoPaulo Amaral destaca outra das componentes do núcleo interpretativo e museológico. “No âmbito da informação turística a disponibilizar, o IPPAR está a preparar um videograma sobre a Comenda de Algoso, já que o castelo estava inserido num território mais vasto que abrangia algumas localidades vizinhas e é preciso contextualizar o seu papel” salienta o técnico.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, o imóvel a recuperar foi adquirido pela autarquia e cedido ao IPPAR, com a condição de ali ser construído o centro interpretativo.
Com a concretização do projecto, Jorge Fidalgo antevê o alargamento da oferta turística e cultural da freguesia.
Recorde-se que o concelho e a vila de Algoso foram extintos em 1855. A antiga vila era comarca, edifício da Câmara e Cadeia, o que lhe conferia alguma importância no território do Planalto Mirandês.
O centro interpretativo vai entrar em funcionamento no final do próximo ano. Apesar de alguns edifícios da aldeia estarem descaracterizados, o centro da localidade, em especial o Largo do Pelourinho, mantém a traça original.
Por: Francisco Pinto
Fonte e fotos: Jornal do Nordeste

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dia Nacional dos Castelos






A propósito da comemoração do Dia Nacional dos Castelos, a revista País Positivo foi à descoberta de alguns dos mais emblemáticos castelos portugueses. Nesta viagem pelo nosso país deparamo-nos com o Castelo de Algoso, no concelho de Vimioso.



Comentário por José Baptista Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vimioso
Qual a importância do Castelo de Algoso para o concelho?
O Castelo de Algoso, que constitui um ex-líbris do concelho, assume-se como um pólo dinamizador no plano cultural, social e económico. Conscientes dessa tripla importância, temos direccionado toda a atenção para a preservação e promoção do Castelo integrado no conjunto de todo o concelho. Concretamente, em parceria com o antigo IPPAR e IGESPAR, hoje Direcção de Cultura do Norte, procedeu-se a várias intervenções. Destaco a abertura do Centro de Acolhimento localizado no Largo do Pelourinho, também ele alvo de recente requalificação urbanística, bem como a do acesso ao Castelo. Estamos muito confiantes que todo este esforço contribuirá para a atracção de turistas e, por conseguinte, a criação de postos de trabalho (hoje já está criado o da técnica do Centro de Acolhimento), não só em Algoso mas em todo o concelho, com a consequente dinamização económica que daí resulta.
Além disso, preservamos o património que é uma marca identitária do concelho, em geral, e de Algoso em particular, freguesia com vários pólos de interesse cultural. Diria mesmo que homenageamos os que nos antecederam e projectamos o futuro daqueles que cá vivem e das futuras gerações.
O Castelo em si, e lá do alto, o que dele podemos observar é simplesmente deslumbrante. Convido todos a visitarem o Castelo e o nosso concelho.

Entrevista a Paulo Amaral, técnico do IGESPAR
Sendo o Castelo de Algoso a imagem de marca do município de Vimioso, qual a importância histórica e patrimonial do mesmo para a comunidade envolvente?
O Castelo de Algoso é um dos mais emblemáticos castelos do Nordeste Transmontano, em boa parte devido ao seu posicionamento alcantilado sobre o vale encaixado do Rio Angueira que lhe confere um enquadramento paisagístico ímpar, num ambiente marcado pela sua impressionante carga cenográfica.
Tendo sido construído em meados do séc. XII, durante o reinado de D. Sancho I, constituiu, na época, o centro político-militar de grande parte do Nordeste Transmontano, constituindo uma peça fundamental na afirmação do poder régio do reino de Portugal face às pretensões do Reino de Leão sobre esta área geográfica. Em 1224 o castelo foi doado por D. Sancho II aos cavaleiros hospitalários, tendo posteriormente assumido a condição de sede da Comenda da Ordem de S. João do Hospital, tutelando o vasto domínio que aquela ordem militar possuía na área transmontana.

Como caracteriza o trabalho realizado em prol da preservação deste marco histórico, realçando o papel do mesmo como um pólo de dinamização socioeconómica para Vimioso?
O projecto de estudo e valorização realizado no Castelo de Algoso entre 1999 e 2008, com intervenções em parceria entre o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Vimioso, permitiu promover as virtualidades intrínsecas de um imóvel com as características deste Castelo, seja pela possibilidade de, localmente, se integrar num pequeno roteiro de monumentos civis e religiosos localizados na envolvente imediata do território da freguesia e na área da Comenda de Algoso (Vimioso, Mogadouro e Miranda do Douro), bem como, em temos regionais, se articular com a rede de castelos que o Ministério da Cultura intervencionou na última década nesta zona raiana do leste transmontano. Nesta perspectiva, a recuperação e valorização de elementos patrimoniais deverá constituir uma das molas do desenvolvimento sustentado de uma área periférica e das mais deprimidas, em termos sócio-económicos, do distrito de Bragança, cuja oferta de recursos endógenos é particularmente limitada, mas que pela potencialização do binómio património / turismo se possam propiciar as condições necessárias à inversão deste quadro.


Relativamente ao centro de acolhimento do Castelo de Algoso, como define a missão e importância do mesmo?
A instalação de Centro de Acolhimento visa o desenvolvimento de um programa que, articulando este equipamento com o espaço do próprio Castelo de Algoso, possibilite a fruição do monumento de uma forma mais abrangente que não se restrinja à mera observação passiva da massa construída. Será com recurso à formatação da informação através de uma linguagem museográfica, assim como a disponibilização de material de apoio aos visitantes, sob a forma de um prospecto divulgativo, que se pretende imprimir uma nova dinâmica a um Castelo que, para além da sua imponência arquitectónica, se pretende vivo e capaz de transmitir algo de si aos visitantes que a ele afluem. Deste modo, o Centro de Acolhimento possibilita promover os instrumentos lúdicos e pedagógicos que permitam uma melhor compreensão da dinâmica de um tipo de sítio com as particularidades do Castelo de Algoso - correspondendo a um centro administrativo e respectivo aglomerado urbano adjacente -, localizado numa difícil e agreste zona de fronteira que se revelou de particular dificuldade no seu processo de povoamento.

Tendo como ponto central o Castelo de Algoso, refira quais são as actividades e eventos culturais delineadas pela Direcção Regional de Cultura do Norte, realçando em particular o que se encontra previsto para o dia 7 de Outubro, data em que se comemora o Dia Nacional do Castelo.
Tendo sido efectuada a abertura ao público do Castelo de Algoso e do Centro de Acolhimento no passado mês de Julho, está a ser delineado um programa de actividades que, para além da visita livre ao castelo, disponibilize aos diferentes tipo de público-alvo – população estudantil, populações locais e turistas – um conjunto de iniciativas que permita, ao longo de todo o ano, uma vivência o mais regular possível deste imóvel, nas quais obviamente se incluem as comemoração de datas marcantes para o monumento, nomeadamente o Dia Nacional dos Castelos (7 de Outubro) e o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (18 de Abril). Para o próximo Dia Nacional dos Castelos estão programadas visitas guiadas com alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso e do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, articulando o Castelo de Algoso com os vizinhos Castelo de Penas Róias (Mogadouro) e Castelo de Mogadouro.




Retirado de pais positivo.
29-Set-2010